Cooperativa sulbaiana adota normas de segurança para conquistar novos clientes
Modelo bem sucedido do associativismo baiano, a Cooperativa de Desenvolvimento Sustentável da Agricultura Familiar do Sul da Bahia (Coofasulba), em Ilhéus, terá suas ações norteadas pelo Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), que mapeia e avalia situações de risco vivenciadas por funcionários na sua unidade de produção industrial. Atuando em várias vertentes da economia produtiva, a empresa quer se adequar às normas de segurança para atingir novas metas. “Temos capacidade para ampliar ainda mais a nossa atuação, em novas fatias do mercado nacional”, revela o presidente, Erivaldo Alves.
Para cumprir todas as exigências do Ministério do Trabalho, a cooperativa conta com a parceria do Sebrae na prospecção de mercados. “É preciso avançar. E esse avanço só será possível com as adequações exigidas pela lei. Não podemos perder este foco”, destaca o técnico do Sebrae em Ilhéus, Eduardo Andrade.
Um relatório elaborado pela consultora do Sebrae, Márcia Couto, servirá de base para a Coofasulba fazer a adequação. “Quando mapeamos as condições de trabalho e os funcionários se sentem mais seguros e esclarecidos, a instituição ganha credibilidade externa e passa a ser vista como diferenciada e socialmente justa. Isso ajuda muito na hora de conquistar novos parceiros”, explica a consultora.
A cooperativa tem 15 trabalhadores e uma produção de 30 toneladas por mês de achocolatados, fubá de milho e polpa de frutas. Nos próximos 90 dias, esses números devem dobrar, com a chegada de mais uma linha de produção adquirida em parceria com o Governo do Estado. Para a mistura instantânea nos sabores milho e chocolate, a cooperativa ainda é parceira de uma unidade industrial de Ilhéus. Polpas de frutas são produzidas em três unidades simplificadas sob o comando dos pequenos produtores, associados à entidade.
Adequação - Em geral, segundo Márcia Couto, a unidade industrial da Coofasulba apresenta boas condições de segurança no trabalho. O controle de ruídos originados do maquinário e novas condições para manipulação do pó de cacau são, na avaliação da consultora, as principais recomendações de mudanças mais emergenciais. “Mas nada representa risco severo. Isso já é muito bom”, relata.
Eduardo Andrade explica que as mudanças propostas deverão ser colocadas em prática no período de 12 meses e que, após esse período, a consultora vai retornar para novas avaliações. O Sebrae também vai disponibilizar treinamentos sobre adequação a uso de equipamentos de segurança no trabalho.
Paralelamente a esse projeto de qualificação, o Sebrae já trabalha na apresentação de um relatório, no qual apresenta mudanças propostas pelo mercado nacional para que os produtos da cooperativa estejam nos padrões de competitividade dos novos parceiros. Nos próximos dias, o consultor da instituição, Nadson Sales, apresentará o relatório aos cooperados, sugerindo desde mudanças nas embalagens até um amplo plano de marketing para promoção dos principais produtos industrializados pela cooperativa.